Na contramão do discurso propalado pelo prefeito Bruno Reis (DEM), pelo secretário de Educação, Marcelo Oliveira e por alguns vereadores da base do prefeito sobre as condições estruturais da escola municipal de Salvador, o que se vê na realidade parece desmente totalmente o que dizem os referidos gestores. Nesta segunda-feira (3), a reportagem do Hora da Bahia mostrou a Escola Municipal Geraldo Tavares, localizada no bairro de Roma, totalmente alagada. Já nesta terça-feira (04), uma denúncia enviada por um funcionário da unidade escolar Santa Ângela, localizada no Politeama, expõe a total falta de condições da unidade em abrigar os cerca de 350 alunos da instituição.
“Escola fechada, escura, sem ventilação, sem quadros e desarrumada. Prefeito mandou todos professores a voltarem, dizendo que as escolas estariam preparadas. Hoje me assustei com o que vi. Cadê a escola preparada e os protocolos de segurança e saúde?
Nesta segunda-feira (3), o diretor da escola mandou uma mensagem dizendo que a Secretaria de Educação estava ameaçando cortar o ponto dos professores que não viessem pra escola. Acontece que a escola não tem condições nenhuma de funcionar, nem de receber a comunidade escolar ”, disse um funcionário que, temendo represálias, preferiu não se identificar.
“Outro absurdo é que: a mudança de pavilhão da escola para outro lugar já nos foi comunicada, através da gestão, desde Janeiro desse ano. A prefeitura chegou ate a iniciar a mudança, mas os funcionários deixaram de vir à escola. Como pode ser visto nas fotos, toda estrutura de materiais da escola ainda estão na unidade antiga. A prefeitura não preparou a escola a tempo e nem terminou a mudança. Será que estão esperando que os professores façam isso? Escutei aqui de um funcionário que será feito um mutirão e que inclusive já está circulando uma lista com nome daqueles que querem colaborar. Realmente, a situação está bem difícil e se a gente for confrontar com o que tem dito o secretário de Educação, de que as escolas estão prontas e seguindo todos protocolos de segurança para receber os alunos, com as imagens da escola encontraremos uma distancia entre o discurso dele e a realidade… Se isso aqui é estar pronto, eu não sei o que será o contrário”, completou o funcionário.
